quinta-feira, 10 de julho de 2014

woody



O barulho que arde os ouvidos e nos faz querer ir embora para sempre e viver cortando árvores mortas na Black Forest. São as coisas mais insignificantes que significam mais do que a dívida que você não vai poder pagar nem que arranje 4 empregos, e isso na verdade não importa tanto quanto aquele dedo que você prendeu na porta do carro e viu o sangue escorrer. Parece o fim do mundo. Transformamos toda aquela atitude vendida em revistas e videoclipes alternativos em algo doce como o espreguiçar de um gatinho.
Ah quanta coisa preciso sentir além dos leves arrepios que precedem uma noite de sonhos eróticos com alguém que nunca vi na vida, ou com um morto.
Não importa quantos empecilhos sejam colocados nas portas e janelas, há coisas que trespassaram qualquer superfície sólida, e isso já basta para se ter uma noite bem dormida.
Quem não espera que a vida seja uma comédia do Woody Allen, na qual nos apaixonamos perdidamente em Veneza, e depois nos mudamos para Paris com o homem dos nossos sonhos que acaba sendo apenas mais um ser humano cheio de manias e defeitos, e no final vamos embora porque nos julgamos melhores do que todos eles?

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