quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Disco voador



  Deve existir uma saída, ou um lugar onde eu possa passar a noite. Não importa quantos insetos andem pelo meu colchão, só preciso de uma xícara de café e alguém com quem conversar sobre qualquer coisa que não seja sobre o que dizem as revistas e os jornais.
  A cidade é tão melancólica com suas luzes neon e as pessoas comendo batatas fritas às 3 da manhã de uma quarta-feira chuvosa.  Penso se estou perdendo alguma ou muita coisa, enquanto estou sentada aqui nessa estátua, sentindo o frio subindo pelas minhas pernas. 
  São tantas questões relacionadas a infinidade psíquica de uma bolha de sabão que flutua em direção ao infinito, e são tantas respostas sem nexo respondidas a um vendedor de bíblias que não acredita em Deus.
  Ela diz que espera por um disco voador vindo de Sírius pilotado por peixes, que a teletransportem para o fundo do mar e a façam rainha de uma civilização de sereias. Mas isso é o que ela espera.
 

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